As tecnologias implementadas visam primeiramente conferir segurança ao alimento

Você já parou para pensar como os laticínios chegam até a sua mesa? Existe todo um processo de produção que se inicia lá na fazenda, passando por um processo de industrialização para que os produtos derivados do leite tenham a garantia de qualidade ideal para serem consumidos por diversas famílias ao redor do mundo.

Segundo Tiago Vilela, do Controle e Garantia da Qualidade da Mococa S/A Produtos Alimentícios, existem algumas etapas a serem seguidas e a primeira delas é o credenciamento do produtor junto à Clínica do Leite, que é um laboratório especializado em análises clínicas de insumos alimentícios, credenciado pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) para garantir que o produto atenda à qualidade da matéria-prima e passe por um controle de qualidade especializado.

Uma vez considerado apto pela Clínica do Leite, ele passará a fornecer a matéria- prima, e esta amostra será submetida a diversos testes de qualidade na indústria, a fim de identificar contaminações, adulterantes e antibióticos. “Se não identificarmos irregularidades, o leite seguirá para processamento após filtragem, caso identifiquemos, todo o conteúdo é descartado”, ressalta.

Etapas da produção de laticínios: como garantir a qualidade do produto

Após o recebimento, o leite é filtrado, resfriado e armazenado nos silos de estocagem, de onde seguirá para a pasteurização, que consiste em elevar o leite a altas temperaturas e em seguida fazer o resfriamento. Esse processo é responsável por eliminar agentes patogênicos, feito isso, o leite está pronto para seguir ao processamento dos produtos de nossa linha.

“Usaremos como exemplo nosso principal produto, que é o Leite Condensado Mococa. Após ser pasteurizado, refrigerado e estocado, temos a etapa em que adicionamos açúcar ao leite, convertendo-o em xarope”, explica. A próxima fase é a padronização, etapa em que deixamos a mistura homogênea e ajustamos alguns parâmetros relacionados à consistência do produto.

Uma vez que temos um produto pasteurizado, homogeneizado e padronizado, é hora de evaporar parcialmente as moléculas de água para que obtenhamos um produto com perfil de leite condensado. Em sequência, adicionamos a lactose e, após um determinado tempo de maturação, o produto já pode seguir para a etapa final, que é o envase.

A última etapa consiste no envase e no acondicionamento do leite condensado. Dispomos de maquinário automatizado para toda a linha e o dispositivo, além de dinamizar o envase, também confere segurança para os nossos produtos.

Métodos tradicionais, técnicas e inovações para a produção de laticínios

Ainda segundo o especialista, um fator que afeta diretamente a qualidade e o sabor dos laticínios durante o processo de produção é a seleção de produtores com qualidade no campo, resfriamento do leite (no campo, transporte e indústria), manutenção e conservação da matéria-prima, abreviação do processo da ordenha ao beneficiamento (quanto menor for o tempo, melhor será a qualidade e a estabilidade do produto).

Contamos com esterilizadores UHT de última geração, com alta vazão. Há um compartimento de segurança (tanque estéril) que suporta várias toneladas de produto armazenado dentro do sistema de envase, esse dispositivo evita que o produto seja submetido novamente ao calor em caso de paradas de emergência, por isso acaba sendo expressivamente menos agressivo ao produto.

A Mococa vem inovando na tecnologia e investindo em equipamentos de última geração para o processamento. As melhorias resultam na preservação dos métodos tradicionais de produção dos laticínios, com o diferencial de alta performance, reduzindo custos em energia elétrica, vapor e aumentando o volume de produção por hora.As tecnologias implementadas visam primeiramente conferir ainda mais segurança ao alimento, mas temos como “bônus” a economia de recursos energéticos, agregando valores de práticas ambientais sustentáveis, conscientes e bem gerenciadas. “Nossos evaporadores também possuem múltiplos efeitos benéficos, como menor consumo de energia, preservação de características sensoriais e físicas do produto (viscosidade, sabor e cor)”, finaliza.